Quarta-feira, 4 de Maio de 2005
No seu último sono aqui descansa
Cornélia Eutíquia. Os astros no alto céu
Invejam todos o destino seu;
Fiou, foi esposa e mãe; foi linda e mansa.
As jóias, os cosméticos e a dança
Nunca a tentaram; nunca apareceu
No pórtico elegante de Pompeu...
Era, sendo matrona, uma criança.
Por isso, o viúvo dela, ao sepultá-la,
No cipo que lhe marca a sepultura,
Sob terna inscrição d’altos louvores,
Mandou lavrar, querendo retratá-la,
Este baixo-relevo que figura
Uma dócil ovelha a comer flores.